Quarta-feira, 1 de Agosto de 2012

O Pensador / Auguste Rodin

Ficheiro:RodinGates1252.jpg

 

François-Auguste-René Rodin

 

Baseado na Divina Comédia de Dante

 

O original procurava retratar Dante

 

Em frente dos Portões do Inferno

 

Ponderando seu Grande Poema.

 

Hoje, nos tempos difíceis que se nos deparam

temos de ponderar nossos destinos

sem a ajuda da escultura,

mas dos sentimentos e da verdade

que se procura!

 

Entramos os Portões do Inferno,

Ou repudiamos esses portões

em troca de uma vida mais pura?

 

Maria luísa

 

publicado por M.Luísa Adães às 15:19
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115 comentários:
De poetazarolho a 5 de Agosto de 2012 às 18:15
“Adversário”

Possuo um adversário
Que vive dentro de mim
É um pouco temerário
Sente-se-lhe o frenesim

Quando atinge um record
Não se deixa convencer
Procura outro melhor
Estuda forma de o bater

Muitos anos a pedalar
Outros tantos aos pontapés
Algum ski pr’a desfrutar

A montanha a seus pés
Leva já alguns a nadar
E corre não chega a dez.
De Maria João Brito de Sousa a 5 de Agosto de 2012 às 20:30
Poeta, julgo não ter
Adversário semelhante...
Eu mesma tento fazer
O melhor, a cada instante...

Mas, depressa fatigada,
Logo tenho de parar
E não faço quase nada
De que me possa orgulhar...

Só um ou outro soneto,
Que me pareçam melhores,
Julgo virem a ser úteis

Mas... records já não prometo
E até falho em pormenores!
Estou num dos meus dias fúteis...
De M. Luísa a 6 de Agosto de 2012 às 08:02
Mª. J.

Já falei ao amigo que o espero também nos "7degraus" e o espero em todos os lugares.

E tu, com falhas de pormenores te quero emcontrar sempre e encontro...

Gostava que ele te acompanhasse nesse rodopio de aqui e ali.

Um beijo,

Mª. Luísa
De Maria João Brito de Sousa a 6 de Agosto de 2012 às 14:39
Mas olha, amiga, que quando digo que falho em pormenores, não estou a inventar nem a mentir... o meu último soneto tem mesmo uma falha métrica no último verso. Fiquei furiosa comigo mesma e levei algum tempo a perceber... mas tem mesmo! Só não o emendei porque privilegio a oralidade e ele, dito, fica tão bem como está que não tive coragem de lhe quebrar aquilo que chamo de unidade melódica... mas deixei uma nota no post, por baixo da assinatura e da legenda da imagem que lá deixei e que é uma belíssima tela da fase azul de Pablo Picasso.
Hoje estou que nem te sei explicar... os subsídios vão ser "encuratados" e eu não estou mesmo em condições físicas de me andar a deslocar daqui para ali... há dias em que até ao café me custa imenso ir, levo imenso tempo a lá chegar e só vou porque uma amiga me convida... mas não penso só em mim, de forma nenhuma! Penso nos milhares que, como eu, vão sobrevivendo muito mal com essas migalhas e que vão mesmo deixar de conseguir ter essa sobrevivência garantida. Ontem, na RTP2, no HOJE, vi uma reportagem que me deixou doente!
Os meus velhotinhos, o Kico , o Sigmund e o Garfield, são uns amores, como viste nas fotos... mas estão na quarta ou quinta idade da sua espécie... o Kico, cada vez mais trôpego, quase todos os dias suja a cama. O Sigmund começa a ter sinais evidentes de reumatismo do grande idoso e coxeia, o Garfield nunca faz as necessidades na caixinha... todas elas ficam pelo chão e tu calculas o trabalhão que dá limpar e disfarçar o cheiro da urina de gato... enfim, hoje pareço mesmo piegas, mas estava a precisar de desabafar... estava mesmo a precisar. Mas o envelhecimento deles é naturalíssimo. São todos muito, muito idosos e eu tenho de estar sempre preparada para o pior, para o que é mesmo inevitável... não vai ser fácil conjugar tudo isto... vou fazê-lo o melhor que puder. O meu amor e a minha amizade, esses estão-lhes sempre garantidos até ao fim. Sempre.
Desculpa este testamento. Abraço grande!
De M. Luísa a 6 de Agosto de 2012 às 15:11
Lindo testamento, mas com coisas muito más a decidir pelo governo.

Mas te digo, não acredito que o façam aos que já têm tão pouco.
Alguém há-de levantar a voz e lutar.
Não acredito que os partidos não dêm luta.
Vão dar te garanto! E descansa e eu vou descansar.
Antes, desculpa, vai aos "7degraus" e comenta
e perdoa eu não te fazer o mesmo!

M. Lª.
De Maria João Brito de Sousa a 6 de Agosto de 2012 às 15:27
Não te preocupes, amiga! Eu sei que não estás bem e nem sequer espero que te esforces demasiado... muito pelo contrário! Até espero que tenhas mais cuidado contigo! Está posição, sentada ao computador, é terrível para a coluna!
Vou já ao 7Degraus!
De M. Luísa a 6 de Agosto de 2012 às 07:57
Trave esse adversário e volte aos "7degraus"
e escreva o que sente ao ler o poema.

Também o espero por lá
O espero em qualquer lugar!

M. Luísa
De poetazarolho a 6 de Agosto de 2012 às 19:59
“Prostituição”

Os princípios violar
Foi apenas o início
Virgindade foi ao ar
Caímos no precipício

Mas imortal e valentes
Aguentamos os activos
Mesmo assim dormentes
Vamos vivendo passivos

Funda São sempre existiu
E a garganta também
Faz parte da prostituição

A que sempre se assistiu
Desde São Bento a Belém
Na valente e imortal nação.

Prof Eta
De Maria João Brito de Sousa a 7 de Agosto de 2012 às 00:58
Não tenho a certeza, não,
De alguma vez nos livrarmos
Dessa tal prostituição
Que anda pr`aí a minar-nos

Pois se, na verdade há quem
Prefira a morte à traição
Sempre há-de surgir alguém
A vender o coração...

Desta crise em que vivemos
Até já ouvi dizer
A um palerma qualquer

Que não existe e se a vemos
É só porque a queremos ver...
(...e eu que o tentava entender!)

Poeta, espero que esteja tudo bem convosco! Abraço grande!
De poetazarolho a 7 de Agosto de 2012 às 07:33
O chá evita destruição.
De M. Luísa a 7 de Agosto de 2012 às 11:14
Por vezes sim...na maioria não!

Obrigada por te encontrar nos "7degraus"
e gostei do comments.

Mª. Luísa
De poetazarolho a 8 de Agosto de 2012 às 00:23
“Sem medalhas”

Sem medalhas de esperança
Nosso horizonte enegrece
Lágrimas trazem bonança
Que logo depois desvanece

Irrompendo em tempestade
Que nem o suor pode vencer
Trazendo mais negra a verdade
Pintada de vermelho a verter

Confunde-se no imenso clarão
É sangue do povo a escorrer
A verdade sempre escondida

Indisfarçável nesta situação
Em que o povo pode morrer
P’ra dar ao monstro nova vida.
De Maria João Brito de Sousa a 8 de Agosto de 2012 às 01:19
Sem medalha e trabalhando,
Ganhando pr`a seu sustento
Com seu esforço e seu suor,
Vai-se, ainda, aguentando...
Mas perder todo este alento
De povo trabalhador?!
Sem trabalho, assim penando,
Sem saúde e alimento...
Haverá coisa pior?

Foi o que me veio à ideia, Poeta... tenho tentado estar a par do MSE - Movimento Sem Emprego - embora o meu caso seja excepcional, assinei o Manifesto. Acho que foi por isso que me vieram estas sextilhas...
Abraço grande!
De poetazarolho a 8 de Agosto de 2012 às 07:27
O chá tem sorte.
De M. Luísa a 8 de Agosto de 2012 às 14:53
A sorte do chá está dentro dele!

M. Luísa
De poetazarolho a 8 de Agosto de 2012 às 21:26
“Whitehouse phone call”

Telefonema de Obama
Já sabemos pr’onde foi
Estaria deitado na cama
Porsupuesto, si Rajoy

Alô Hollande ça va bien
Disse Obama em francês
Estava a mulher em soutien
E não era a primeira vez

Arrivaderci Mário Monti
Envia uma pizza napolitana
Que eu pago cá no destino

É p’ra comer cá no monte
Com a vossa primeira dama
Sim a Merkel, meu menino.

Prof Eta
De Maria João Brito de Sousa a 8 de Agosto de 2012 às 23:38
Ah, Poeta... essa sra. Merkel tem o condão de me deixar desinspirada...

Entretanto, no "condado",
Entra a Troika na conversa;
- "Temos tudo controlado
e a população dispersa..."

Mas sobe um rumor da rua
Que julgava controlada
E o povo não compactua
Com tamanha palhaçada

Fica a Troika no convento
Do Carmo, a tremer de medo
E o povo, de punho erguido,

Faz reviver esse tempo
Como se fosse um segredo
Num repente revivido...

Boa noite, Poeta! Abraço grande!
De M. Luísa a 10 de Agosto de 2012 às 10:53
Te deixa desinspirada a Sra. Merkel...

E o poeta também estava muito desinspirado quando escreveu...Tem de ter mais cuidado!
Sorry!


Mª. Luísa
De Maria João Brito de Sousa a 10 de Agosto de 2012 às 14:32
As minhas manhãs andam cada vez mais lentas, ados meus amiga... e eu cada vez levo mais tempo a tratar dos meus velhotinhos. Só cá consigo chegar a esta hora....
Sei que deves estar no médico ou a preparar-te para ir para lá mas, ainda a propósito da rádio e do Joaquim Sustelo, vou deixar-te o link para o blog onde publiquei um vídeo daquele meu poema "Quatro Sonetilhos a Catarina Eufémia". O vídeo foi feito pela Cida Vasconcellos e é dito pelo Sustelo.

http://asmontanhasqueosratosvaoparindo.blogs.sapo.pt/51459.html?view=160771#t160771

Está muito bonito! Fiquei muito grata e muito contente!

Um abraço grande e que tudo corra pelo melhor! Gostaria muito de saber o que te dizem desse exame.
De M. Luísa a 10 de Agosto de 2012 às 10:59
Mas que conversa é essa? Você entende, mas eu não!

Mª. luísa
De poetazarolho a 9 de Agosto de 2012 às 05:14
O chá tocou a mudança.
De Mª. Luísa a 10 de Agosto de 2012 às 10:55
Qual mudança amigo?
Se têm dado tantas mudanças...

Mª. Luísa
De poetazarolho a 10 de Agosto de 2012 às 03:02
“Tocar a mudança”

Vem visitar nossa casa
Essa pois, o mundo inteiro
Onde a alegria extravasa
E ouves soar o pandeiro

Já se toca a mudança
Um pouco por tod’o lado
Mundo pula e avança
Acompanha o bailado

Este ritmo, a melodia
Convite a entrar na dança
Vem sentir esta alquimia

Que não é uma esperança
É este vento que assobia
Da certeza e perseverança

http://playingforchange.org/

http://en.wikipedia.org/wiki/Playing_for_Change
De M. luísa a 10 de Agosto de 2012 às 11:00
Cuidado com o final...

M. luísa
De Maria João Brito de Sousa a 10 de Agosto de 2012 às 15:56
Perseverança... é comigo!
Estou sempre na corda bamba,
Equilibrando-me, em perigo...
Mas não desisto, caramba!

Se poeto, é por mudança,
Mas sinto na pele o risco
De o Poder entrar na dança
E tudo ir parar ao fisco...

Não sei tocar... seja então,
Cada poema que faço,
Meu passo, minha canção,

Pois a Vida sem paixão,
Sem o toque de um abraço,
Não é vida... é privação!

Este sonetilho foi-me nascendo com muitos sorrisos pelo meio... até me ri quando cheguei ao "fisco"... mas diz bem aquilo que sinto, diz!
Abraço grande, Poeta!
De poetazarolho a 10 de Agosto de 2012 às 07:57
O chá espera.
De M. Luísa a 10 de Agosto de 2012 às 10:57
Espera por mim ou por ti?

Ou espera pelos três (entra a Mª. joão no palco
onde estamos a jogar)?

M. Luísa
De poetazarolho a 10 de Agosto de 2012 às 20:54
“Geronimo”

Chegou a hora de apagar
Cachimbo da paz com terra
Está na hora de desenterrar
O velho machado de guerra

Desta forma homenagear
O genocídio de um povo
Que aconteceu além mar
Não aconteça aqui de novo

É que envolto em poeira
Dele te tornaste devoto
Genocídio em democracia

Brilhante ideia pioneira
Em que por troca dum voto
Talvez vivas mais um dia.
De Maria João Brito de Sousa a 10 de Agosto de 2012 às 22:36
Muito povo, muita gente,
Já começou a sofrer
E a penar inutilmente
Sempre em nome do poder...

Em nome dele se respira,
Se pára de respirar
E se oferece, àquele que aspira
Maneira de o destroçar...

Em nome duma eugenia
Louca, empedernida, errada,
Se dizimou muita vida

Que absurda filosofia,
Não valendo mesmo nada,
Nos foi sendo transmitida...

Um abraço, Poeta!

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Familia Maldonado /Brasão

24. Setembro .2001