Segunda-feira, 16 de Abril de 2012

Bertold Brecht/ Maria Luísa

 

 

Eles na primeira noite

Se aproximam e

Colhem uma flor

Do nosso jardim

 

E não dizemos nada.

 

Até que um dia o

Mais frágil deles, entra

Em nossa casa, rouba-nos a alma

E conhecendo nosso medo arranca-nos

A voz da garganta

 

E porque não dissemos nada

Já não podemos dizer nada

 

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.

 

Bertold Brecht

 

 Resposta :

 

Te pedi rosas

Ausências e cegueiras

E pedi amor.

 

Aqui estava eu

Isolada e só

No silêncio de uma noite

Estrelada

 

Sentindo a vastidão do Infinito

Na procura do Nada.

 

Para lá caminho apressada

Por culpa do tempo e da Gente

Que me resta no caminho.

 

Não tenho pressa

Já não suspiro por tempos futuros

 

Que futuros

Se nos foi tirado o futuro

E ninguém nos ouve?

 

Também tenho medos

Desconexos

Perplexos

 

E como não digo nada

Talvez venha a perder Tudo!

 

Talvez?

Eu já perdi muitas coisas

Que me foram tiradas...

 

 

Escrito por Maria Luísa Adães

em resposta a Bertold Brecht.

 

 

 
 
 
21 de Abril de 2012
publicado por M.Luísa Adães às 10:35
link do post | favorito
De poetazarolho a 18 de Abril de 2012 às 07:16
O chá procura a verdade.
De M.Luísa Adães a 18 de Abril de 2012 às 12:03
Numa conversa amena acompanhada do chá
procuramos a verdad, camuflada nas muitas mentiras.

Continuemos com o chá, mas falta uma convidada.

Mª. Luísa
De M. Luísa a 18 de Abril de 2012 às 12:04
retifico "verdade"

M.L.
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De
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